Acer Palmatum. Podado futuro topo. Aguardo a estação fria, para colocar arames para formação. |
Comenius
Comenius, nome latino de Jan Amos Komensky,
humanista checo (Nivnice, Morávia, 1592 – Amesterdão, 1670). Bispo da União dos
Irmãos Morávios, contribuiu para a reforma da educação na Polónia, Alemanha,
Inglaterra, Suécia, Hungria, e Holanda, países onde viveu alternadamente em
virtude de, no contexto das convulsões religiosas da Guerra dos Trinta Anos,
ter sido vítima de proscrição do seu país natal. Em 1656, devido a transtornos
políticos em Leszno (Polónia), onde então vivia, perde de novo num incêndio os
seus bens e os seus manuscritos (entre os quais o plano de uma obra monumental,
a Pansophia), e parte então
definitivamente para Amesterdão. Desejava que a pedagogia se tornasse uma
ciência autónoma. Convicto de que existe uma relação íntima e natural de
interdependência entre os diversos ramos do saber, insiste numa educação
baseada no desenvolvimento harmónico das faculdades. Para tal, preconiza um
ensino gradual, que parta do mais fácil para o mais difícil, do concreto para o
abstracto, por meio de exercícios de repetição para memorização do aprendido.
Chega assim a um ensino marcadamente intuitivo, que defende, como resposta à
sua preocupação em relacionar as coisas aos nomes – para Comenius «o fundamento
de toda a erudição consiste em apresentar correctamente aos nossos sentidos os
objectos sensíveis, de modo a que possam ser compreendidos com facilidade».
Desenha o ensino organizado em quatro etapas, de seis anos cada, desde o
nascimentos aos 24 anos, sendo as duas últimas de carácter não obrigatóri, e a
primeira veiculada pela própria mãe da criança. Não conceptualiza o individual,
o diferencial, na educação do individuo, e essa orientação pela generalização
vai desde os métodos de ensino – ensino colectivo e simultâneo, com classes de
100 alunos, todos ao mesmo ritmo, segundo os mesmos métodos e com um memso
professor – até à população visada. Para Comenius qualquer pessoa, de qualquer
condição social, incluindo as mulheres, pode aprender o mesmo.
As obras mais importantes são:
Didáctica
Magna (1632, em Checo; 1657, em latim)
Ianua
Linguarum Reserata (1631)
Orbis
Sensualium Pictus (1658)
Sem comentários:
Enviar um comentário