A filosofia Grega, terá sido pioneira
no tratamento das questões relacionadas com o ser humano. Os Gregos terão considerado o
corpo ao serviço da alma, alma essa que era pensada como um elemento, neste
caso o fogo.
Hipócrates foi um dualista, que
admitia que o cérebro era o intérprete da consciência, controlava os membros, e
era um mensageiro da consciência (Eccles, 1989).
Foi a cultura helénica que
influenciou o espírito renascentista, e na área da ginástica esse facto também
se verificou. Os ideais gregos, tal como os renascentistas, fundamentavam-se
sobre a formação corporal, intelectual e moral do ser humano. O ser humano à semelhança de Deus tanto no
aspecto mental como no aspecto físico, pretendia-se o ser humano perfeito. A
ginástica grega constituía para além de uma disciplina de educação, uma forma
de transmitir saúde e bem-estar.
Efectivamente o pensamento
humanista-renascentista, com influências das civilizações clássicas, baseava-se
mais no intelecto do que propriamente no corpo, mesmo assim, a preocupação
entre estes dois componentes do ser humano contribuíram para a criação de uma “educação para a saúde”, como disse
Ubirajara Oro (1999) afastando o termo educação física. Esta “educação para a saúde” permitiu o
surgimento da ginástica como um agente beneficiador de saúde, e foram os
Italianos Vittorino Feltre (1425) e Hieronymus Mercurialis (1569) que se
demarcaram na investigação da educação corporal. Estes dois Italianos
publicaram obras sobre a sua experiência motora, evidenciando os exercícios
ginásticos que se poderiam fazer com o intuito de melhorar a saúde. As escolas
da altura adoptaram os exercícios físicos como prática educativa para a saúde
(Oro, 1999). “O humanismo renascentista
acentuava o cultivo do intelecto”, bem como, não “negligenciava totalmente o corpo (…) este merecia ser desenvolvido, a
bem da rigidez que constituía o objectivo pedagógico obrigatório para a
formação do homem integral” (Oro, 1999).