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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Ficus carica - A lenda da Senhora do repouso

Reino: Plantae
 Divisão:Angiospérmicas
 Classe: Eudicotiledoneas
 Ordem: Rosáceas
 Família: Moraceae
 Género:Ficus
 Espécie:Ficus carica

24.4.14


Lenda da Senhora do Repouso


 Os cavalos não chegaram apressados, sabiam que iriam permanecer junto àquelas muralhas por algum tempo. Traziam os cascos enlameados, mas o sol de Março não era suficiente para os estoirar de calor. O da frente trazia Dom Afonso III, com o ar decidido em conquistar Ossónoba aos Almóadas. Era determinante para a sua política e para Portugal.  Disse: não tem dúvida, expressão que sobrou para a língua dos futuros Algarvios. Naquele gesto de experiente cavaleiro, alçou a perna direita, rodou com o pé esquerdo sobre o estribo e saltou para o chão enlameado do agora Largo de São Francisco. Ficaremos aqui. Ninguém levantou voz. Assim que a ordem foi ouvida, os cavalos foram desmontados, os carros esvaziadas para o chão e deu-se início à montagem do acampamento. A esta altura os aldeões já se tinham refugiado dentro das muralhas e o silêncio era o de um meandro de ribeiro. Por vezes, vislumbrava-se a sombra de uma cabeça a ganhar posição na muralha. Nada mais que isso.
Lázaro era um jovem aspirante a cavaleiro, que pertencia à Ordem de Santiago. Acompanhava D. Martim Fernandes, mestre de Avis. Desde que saíram de Salir e se juntaram à costa vinha vislumbrado com a serenidade da Ria e a sua elegância de fazer acalmar o mar. A sua mente viajava entre as flores de amendoeira e a ramagem despida das figueiras. Seguiu direito à água, sem companhia. Sentou-se ao lado de uma pequena alfarrobeira, olhando ao longe a ilha da culatra e desejando lá estar deitado no areal. Sem o temor da Guerra, que estava bem mais próxima que aquela paz. Caminhou para poente, entre a ria e a muralha. Viu as naus de D. Afonso III, a encerrarem o porto. Todas as muralhas, todas as torres, estavam cercadas. E agora os braços do Rei, encerraram Ossónaba contra o peito de Portugal.
Agora tudo ali parecia tão seguro, tão equilibrado. Deitou-se num terreno inclinado, cruzou os braços por detrás da nuca e cerrou os olhos. Abriu-os depois, porque uma sombra placou a luz do sol anunciando alguém. Quando os abriu viu uma jovem morena, de olhos negros e grandes, lábios finos, ombros magros. Colocou os cotovelos no chão, para se levantar. Mas a pequena mão da rapariga, foi firme e encostou-o ao chão. Mas o que o parou foi o toque dos pequenos seios sobre o seu peito e a paragem das ancas que vincavam a forma do ventre. As suas cruzes deixaram-se cair e a moura

sábado, 27 de abril de 2013

Pinus Pinea L. regressar

Reino:Plantae
Divisão: Pinophyta
Classe:Pinopsida
Ordem: Pinales
 Família: Pinaceae
 Género: Pinus
 Espécie: Pinus Pinea





Regressar é bom. Regressar é quase tão bom quanto é aprender. Aprender é uma aventura, é caminhar no desconhecido com apenas uma luz tosca do fogo a arder no petróleo até conseguirmos trazer mais luz para apreciar com excitação o que vemos e sentimos de novo, já sem medo, Só no puro gozo de descocbrirmos até onde podemos ir. Regressar é voltar ao mesmo local, àquela clareira onde reconhecemos a tocha e a madeira ardida no chão reduzida a cinzas, mas já não há mistérios de um espaço sem fim, nem os medos que o escuro nos trazia.. Já só nos lembramos dos cheiros que ainda permanecem, dos pinheiros mansos que  têm o tronco mais grossomas já sem a cabana que serviu as batalhas com espadas de pau. No regresso permanece a vontade de partir os pinhões com uma pedra lisa no chão e uma outra que se faça bem à minha mão. Entre o cheiro a caruma, o som do vento a desviar-de folhas, taules e ramos oiço ao longe as vozes de crianças em aventuras misteriosas, em planos que extrapolavam a coragem de ultrapassar as fronteiras e o tempo do regresso a casa: antes de anoitecer... de preferência às sete, para ainda dar tempo do banho antes de jantar. Um banho ao corpo cansado de brincadeira mas com o espiríto a pedir mais. Ainda me lembro... daquela roda junto ao pinheiro manso lá da escola em que o adulto pedia silêncio e que cerrassemos os olho s para ouvir e cheirar que natureza nos rodeava debaixo daquele Pinheiro manso... Pinus pinea L.