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quarta-feira, 24 de junho de 2015

invisivel

Quercus Suber, Zmar, Alentejo, Portugal

não me interessa que seja uma "grande árvore", um "grande vaso". Não me interessa que seja uma "grande casa". O que tem valor para mim, será invisel, talvez até incompreensivel. O que me interessa são os sentimentos que nutro e partilho com o que cuido e que me rodeia.

sábado, 6 de junho de 2015

Comenius - Acer

Acer Palmatum. Podado futuro topo. Aguardo a estação fria, para colocar arames para formação.



Comenius
 
Comenius, nome latino de Jan Amos Komensky, humanista checo (Nivnice, Morávia, 1592 – Amesterdão, 1670). Bispo da União dos Irmãos Morávios, contribuiu para a reforma da educação na Polónia, Alemanha, Inglaterra, Suécia, Hungria, e Holanda, países onde viveu alternadamente em virtude de, no contexto das convulsões religiosas da Guerra dos Trinta Anos, ter sido vítima de proscrição do seu país natal. Em 1656, devido a transtornos políticos em Leszno (Polónia), onde então vivia, perde de novo num incêndio os seus bens e os seus manuscritos (entre os quais o plano de uma obra monumental, a Pansophia), e parte então definitivamente para Amesterdão. Desejava que a pedagogia se tornasse uma ciência autónoma. Convicto de que existe uma relação íntima e natural de interdependência entre os diversos ramos do saber, insiste numa educação baseada no desenvolvimento harmónico das faculdades. Para tal, preconiza um ensino gradual, que parta do mais fácil para o mais difícil, do concreto para o abstracto, por meio de exercícios de repetição para memorização do aprendido. Chega assim a um ensino marcadamente intuitivo, que defende, como resposta à sua preocupação em relacionar as coisas aos nomes – para Comenius «o fundamento de toda a erudição consiste em apresentar correctamente aos nossos sentidos os objectos sensíveis, de modo a que possam ser compreendidos com facilidade». Desenha o ensino organizado em quatro etapas, de seis anos cada, desde o nascimentos aos 24 anos, sendo as duas últimas de carácter não obrigatóri, e a primeira veiculada pela própria mãe da criança. Não conceptualiza o individual, o diferencial, na educação do individuo, e essa orientação pela generalização vai desde os métodos de ensino – ensino colectivo e simultâneo, com classes de 100 alunos, todos ao mesmo ritmo, segundo os mesmos métodos e com um memso professor – até à população visada. Para Comenius qualquer pessoa, de qualquer condição social, incluindo as mulheres, pode aprender o mesmo.
As obras mais importantes são:
Didáctica Magna (1632, em Checo; 1657, em latim)
Ianua Linguarum Reserata (1631)
Orbis Sensualium Pictus (1658)

Gottfried Wilhelm Leibniz - Serissa

Com o crescimento e resposta desta Serissa, poderei mudar de ideias relativamente ao seu futuro.


Gottfried Wilhelm Leibniz

Filósofo, matemático e conselheiro político alemão, nasceu em 1646 em Leipzig e morreu em 1716 em Hanôver. Foi importante para o desenvolvimento da Metafísica e da Lógica, tendo-se distinguido ainda pela invenção do cálculo diferencial e integral. O seu sistema filosófico é pluralista, racionalista e optimista.
Espírito universal, desenvolveu o seu génio encicoplédico através da convicção de que não há nada que não esteja em relação com o todo e que este todo é bom. Leibinz encarna uma razão optimista, certa de encontrar na superação das oposições (entre confissões, entre escolas, entre antigos e modernos) a chave do progresso espiritual e do bem-estar da humanidade. Propôs-se como reconciliador e promotor de uma Europa indissoluvelmente cristã e culta. Terá sido, juntamente com Malebranche, seu contemporâneo, a sua última grande voz. Deixou-nos como herança o poder da sua reflexão lógica e matemática e, de modo particular, a permanente preocupação em reedificar o pensamento sobre o cálculo, o que actualmente, no século do computador e da inteligência artificial, não é de todo letra morta.
Quando, com a idade de quinze anos, entra na universidade de Leipzig, cidade onde nasceu em 1646, Leibniz, que já dominava perfeitamente o latim e o grego, era também senhor de um sólido conhecimento da tradição escolástica, que nunca vai menosprezar nem esquecer. Não demorou a iniciar-se igualmente no pensamento moderno, do Renascimento, assim como no de Descartes, em cuja herança cultural a sua obra virá a inscrever-se. Defendida a tese de licenciatura (em 1663), parte para Iena, onde se aperfeiçoa na matemática e se dedica à história e ao direito. Ao regressar a Leipzig obtém o mestrao em Filosofia (1664), com uma tese em que prova que as questões de direito são indissociáveis das duas formas de discurso universal, a filosofia e a lógica. Termina a formação jurídica em Altorf, perto de Nuremberga, onde obtém o doutoramento em Direito (1666), com uma ttese intitulada De casibus perplexis in jure, que fundamenta o recurso ao direito natural em muitos casos embaraçosos. A sua competência vai ser notada por uma personalidade influente, o barão de Boyneburg, que o introduz ao serviço do eleitor de Mogúncia.
Paralelamente, a sua Dissertatio de arte combinatória (1666), reabrindo uma via anteriormente explorada por Raimundo Lúlio, esforça-se por reduzir a filosofia a um cálculo lógico. É a sua primeira tentativa de construção de uma «característica universal», ideia que jamais abandonará ao longo de toda a sua vida. Trata-se de criar e de fazer funcionar o alfabeto dos pensamentos humanos, de modo a unificar os conhecimentos existentes e a adquirir outros, com uma fecundidade inesgotável. Tratava-se de sublinhar a evidência enquanto resultado da harmonia entre o saber e um universo onde reina o princípio de razão suficiente (tudo tem a sua razão de ser e tudo está interligado).
Esta harmonia é a da criação divina, onde nada foi deixado ao acaso, onde uma escolha inteligente se revela a todos os níveis: os fenómenos físicos explicam-se pela grandeza, figura e movimento, mas figura, grandeza e movimento na sua interdependência efectiva não permitem de modo algum prescindir de Deus. Muito pelo contrário, a natureza dá testemunho contra o ateísmo (Confessio nature contra atheistas, 1668). Leibniz, ao tornar mais precisa a noção de força e reelaborando a de substância , refez o laço cortado pelos modernos entre corporal e espiritual. Procedendo assim, acumula argumentos contra uma divisão de outra natureza, a que separa a cristandade em dois blocos hostis. Leibniz, que durante toda a vida permanecerá fiel ao Luteranismo, pretende trabalhar pela reaproximação das religiões. Por exemplo, ao introduzir a sua teoria da substância no centro do debate filosófico-teológico sobre a transubstanciação – qual é a natureza da presença divina no sacramento da eucaristia? -, dirige-se , desde 1671, ao grande Arnauld para o persuadir da compatibilidade de pontos de vista aparentemente inconciliáveis. Há outra dolorosa divisão, a da Alemanha. Está relacionada com o conflito religioso e com a supremacia francesa de então. Leibniz, apesar de escrever em francês o essencial da sua obra, faz apelo ao renascimentos cultural da sua pátria (principalmente ao preconizar a criação de uma sociedade alemã das artes e das ciências). Por insistência do eleitor de Mogúncia e de Boyneburg, encarrega-se de uma missão diplomática ambiciosa: dirigir para o Egipto, portanto contra os Turcos, a sede de conquista do Rei-Sol. O projecto fracassa logo que chega a Paris, em 1672. A morte, um após outro, dos seus protectores vai permitir-lhe ficar nesta cidade para se dedicar a trabalhos pessoais, o que se verificará até 1676 (interrompida e continuada por viagens a Inglaterra). Multiplica os contactos com Arnauld, Christiaan Huygens, Malbranche, etc., lê os manuscritos de Pascal, aprofunda o seu conhecimento do cartesianismo. As suas pesquisas matemáticas estão bem encaminhadas e, depois de ter descoberto o cálculo diferencial, inventa em 1676, independentemente de Newton, o cálculo infinitesimal, o que deu origem a uma polémica de prioridade. Nomeado, neste mesmo ano, bibliotecário e conselheiro do duque de Hanôver, leva a sua filosofia à maturidade, sobretudo através do Discurso de Metafísica (1686), em que distingue as verdades necessárias das verdades contingentes no interior do entendimento e da vontade infinita de Deus. Ao mesmo tempo, exorta os Alemães a «melhor cultivar a sua razão e a sua língua», continuando a trabalhar pela criação de uma academia das ciências (que será fundada em 1700, em Berlim) e pela unificação das igrejas.
Escrtios em 1704, os Novos  ensaios sobre o entendimento humano respondem às teses empiristas de Locke (a sua publicação, adiada por Leibniz devido à morte do filósofo inglês, só terá lugar em 1765). Em 1720, no auge da sua fama, Leibniz responde com a Teodiceia a todas as tentativas de pôr em contradição a religião e a razão. Justifica o mal existente demonstrando que é necessário à harmonia do mundo, que é o melhor possível: optimismo filosófico, que Voltaire, no Cândido, maliciosamente se dá ao prazer de ridicularizar.A Monadologia, escrita em 1714 e publicada em 1721, após a morte do autor, é uma obra-prima de concisão, onde se desenvolve a concepção de um universo composto por mónadas, átomos espirituais que são os elementos irredutíveis de toda a realidade composta. A obra não foi compreendida na época, Leibniz só encontrou indiferença por parte dos seus contemporâneos, para não falar na vingança do clero, que teve de suportar nos seus últimos dias.

Isócrates - Olea Sylvestis

Realização de Alporque no inicio de Junho, para aproveitar a estação de crescimento. O objectivo é corrigir o defeito logo na base, que irá ganhar diâmetro.


Isócrates



Orador grego (Atenas 436, 338 a.C.). Um dos dez oradores atenienses, Isócrates deu um grande contributo para o desenvolvimento da retórica e da educação na Grécia Antiga.
Os seus escritos são essenciais para que se possa compreender a munidade política e escolar do quarto século a.C.. Isócrates acreditou veementemente nas obrigações éticas da retórica, e dedicou a sua vida a educar a retórica aos jovens atenienses.
Até à sua morte Isocrates levou uma vida política activa, nunca negligenciando a educação da retórica que dava aos jovens atenienses. Ele nasceu numa família ateniense rica em 436 a.C. e foi discípulo de Sócrates e Gorgias. Platão descreveu Isocrates como uma “jovem promessa”. Isocrates saiu de Atenas durante a Governação dos trinta tiranos e operou numa pequena escola de retórica na ilha de Chios. Ele voltou a Atenas em 403 a.C..
Em 393 a.C. abriu a primeira e permanente Instituição Superior Artes Liberais de Educação. A sua escola ministrou a arte de escrever e a oratória. O assunto primordial eram questões politicas, e ele focava a atenção na moralidade dessas questões. Hyperides, Isaeus e Licurgus (oradores), Theopompus, e o general Timotheus (historiadores), foram discípulos de Isocrates.
Isocrates manteve-se influente, famoso e professor de sucesso, pelo menos durante cinquenta anos, no meio dos jovens Atenienses. Desorientado, por a Grécia ter perdido a independência, morreu devido a abster-se de comer em 338 antes de Cristo.
O método de ensino da escola de Oratória de Isocrates influenciaram as técnicas de retórica da Grécia Antiga e mais tarde influenciaram a educação liberal Europeia. Para a sua escola, Isocrates só admitia estudantes que tivessem já o domínio de aspectos relacionados com os estilos de gramática. Ele estabeleceu que o treino tipico da oratória, em que os os estudantes respondiam em compasso a diversas situações imaginárias. As suas classes examinaram pontos da filisofia politica , discursos que incentivaram o retórico Cícero a escrever sobre o estilo de ensinar oratória, e as suas obras tornaram-se clássicas no ensino da retórica na Europa até ao Renascimento.
Talvez devido à sua fraca capacidade de discursar, Isocrates acreditava que a retórica era pensada para ser escrita e depois distribuída. A retórica que ele pensava, consequentemente, exibia vocabulário preciso e característico, poucas figuras de estilo, e muitas ilustrações da história e da filiosofia. Isocrates pensava que a retórica deveria manipular o estilo da linguagem para atingir os seus fins. A língua podia tomar certas formas fundamentais, e essas eram para ser misturadas e trabalhadas juntamente, como se trata-se de um pintor a misturar cores ou de um escultor a esculpir um joelho. Isocrates julgava-se diferente dos retóricos da altura, pois não admitia que regra geral poderia ser aplicada à retórica.
Isocrates considerava três factores vitais no desenvolvimento de uma retórica efectiva:
1.       O estudante tem uma capacidade inata;
2.       O estudante tem de praticar várias formas de discurso com vários graus de exigência;
3.       Tem de lhe ser ensinado os principios gerais.

O instrutor pode ajudar na capacidade de discurso através da critica, mas a aptidão básica deve pertencer ao aluno. Várias situações práticas de discurso são essenciais para oferecer e desenvolver uma dinâmica discursiva, em que o instrutor representa a audiência. E situações que podem provavelmente surgir e são “regra geral”.
As teorias de Isocrates não combinam com as de Platão. Platão nega que haja alguma arte de dissertação para além da filosofia. Ele considera Isocrates um “artista da persuasão”, em que um orador treinado pode usar as suas capacidades para defender causas más, sendo ele o responsável por as suas consequências e não o seu professor. Por isto o orador deve conhecer bem a causa que está a defender. Platão entende que a filosofia é a base de um bom orador (retórico) . Isocrates considerava que a assertividade e a prontidão que os homens deviam ter para as causas publicas são da maior importância e que por isso, não podem esperar pela resolução dos filosofos para as questões de verdade absoluta. Entendia que a principal função do filisofo era educar o homem para os assuntos correntes, para ajudá-lo a ler para que este tome decisões aceitáveis dentro do conhecimento limitado. Para Platão, consequentemente, a filosofia da retórica é baseada em fundamentações verdadeiras, para Isocrates, as suas bases são aplicadas ao intelectualismo.
Preconizou a união dos Gregos e dos Macedónios contra a Pérsia.

Ramus (Piérre De La Ramée) - Buxus


O Minus, continua a sua formação. As cochonilhas, atrasaram o seu desenvolvimento, mas agora tem estado a responder bem. Aramei alguns ramos e realizei a poda com as instruções do Prof. Rui Ferreira

Ramus (Piérre De La Ramée)

Humanista, matemático e filósofo francês (Cuts, Oise, 1515-Paris, 1572). Criticou Aristóteles, o que lhe valeu uma condenação da Sorbone. Foi reabilitado por Henrique II, em 1547, e obteve uma cadeira no Collège Royal 8Colégio de França), tornando-se, assim, o primeiro professor de Matemáticas no colégio de França. A adesão às ideias da reforma valeu-lhe a sua cátedra, de 1563 a 1567. Foi assassinado por ocasião do São Bartolomeu.