Reino: Plantae
Divisão: Angiospérmicas
Classe: Rosídeas
Ordem: Rosales
Família: Ulmaceae
Género: Ulmus
Nome Comum: Ulmeiro; Olmo; Ulmo; Negrilho; Lamegueiro; Lomegueiro; mosqueiro; Aveleira-brava
Nome Comum: Ulmeiro; Olmo; Ulmo; Negrilho; Lamegueiro; Lomegueiro; mosqueiro; Aveleira-brava
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Após transplanta no Jardim de Bonsai com Rui Ferreira. Ainda com muito trabalho pela frente. 14.4.14 |
Chegaste com a semente, ficarás para sempre. Cuidarei das tuas raízes, para te segurares à terra que é toda tua. Houve uma partida, serás chegada. Veio saudade, foi com o teu abraço. A distância não é só ida, és o nosso regresso. Não vás, fica.
Querida vem junto de mim
Esta noite quero cantar
Uma canção para ti
Uma canção sem lágrimas
Uma canção ligeira
Uma canção de charme
O charme das manhãs
Envolvidas em bruma
Em que valsam coelhos
O charme dos pântanos
Onde alegres crianças louras
Pescam crocodilos
O charme dos prados
Que se ceifam no Verão
Para podermos rebolar-nos
O charme das colheres
Que rapam os pratos
E a sopa de olhos claros
O charme do ovo cozido
Que permitiu a Colombo
O truque mais luzido
O charme das virtudes
Que dão ao pecado
O gosto do proibido
Podia ter-te cantado
Uma canção de carvalho
De ulmeiro ou de choupo
Uma canção de plátano
Uma canção de teca
De rimas mais duráveis
Mas sem ruído nem alarme
Preferi experimentar
Esta canção de charme
Charme do velho notário
Que no estúdio austero
Denuncia o falsário
Ou o charme da chuva
Escorrendo gotas de ouro
Sobre o cobre do leito
Charme do teu coração
Que vejo junto ao meu
Quando penso no bem-estar
Ou o charme dos sóis
Que giram sempre em volta
De horizontes vermelhos
E o charme dos dias
Apagados da nossa vida
Pela goma das noites
Boris Vian, in "Canções e Poemas"
Tradução de Irene Freire Nunes / Fernando Cabral Martins
A um negrilho
Na terra onde nasci há um só poeta.
Os meus versos são folhas dos seus ramos.
Quando chego de longe e conversamos,
É ele que me revela o mundo visitado.
Desce a noite do céu, ergue-se a madrugada,
E a luz do sol aceso ou apagado
É nos seus olhos que se vê pousada.
Esse poeta és tu, mestre da inquietação
Serena!
Tu, imortal avena
Que harmonizas o vento e adormeces o imenso
Redil de estrelas ao luar maninho.
Tu, gigante a sonhar, bosque suspenso
Onde os pássaros e o tempo fazem ninho!
Miguel Torga (Diário VII), 26 de Abril de 1954 em São Martinho da Anta, junto ao "seu Ulmeiro". Cit in. Trinta árvores em discurso directo. António Bagão Félix (2013). Sextante Editora.
Adquiri este ulmeiro a 14.12.13, numa grande superfície comercial. Está debilitado. Passou um
longo período de seca. Perde folhas. Embora tenha encontrado raízes secundárias saudáveis, a árvore não está bem segura ao vaso. O solo é mau. Areia e turfa. As árvores que vi, estavam tão debilitadas que tive vontade de trazer todas, só para as salvar.
O tronco na base tem um ligeiro movimento, que permite imaginar outra forma para a árvore. O tronco é longo, sem movimento e sem conicidade.
Primeiramente é essencial estabilizar a árvore.
Na próxima época de transplantes, passar para outro vaso com Akadama.


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