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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

PIRLS 2016


Ora cá estão os resultados da "exigência e rigor" de Nuno Crato. Cá estão os resultados da quantidade de conhecimentos, em detrimento da qualidade da aprendizagem. Cá estão os resultados do sr. Que não gosta de facilitismos, prefere a pressão da avaliação formal que rotula bons e maus, trabalhadores e preguiçosos, espertos e burros. Afinal sempre foi assim, "já no meu tempo era assim: Havia os espertos que apanhavam a matéria e os burros". É o engano do "normal". Ensinar da forma como o aluno melhor aprende, é para os falhados. Homens fortes têm de saber como é dura a vida: Rabinho na cadeira, virado para a frente e vê lá se ouves o professor. Se em Harvard é assim, o melhor é ser assim desde os 6 anos. Afinal de pequenino se torce o pepino.
Ainda sobre aprendizagem ao quilo. As crianças russas dedicam na escola 171horas anuais à leitura. As portuguesas mais de 300horas. Espantem-se os russos lêem melhor!!! Caramba... Lá se vai a tese do "trabalho, trabalho, trabalho. Repete, repete, repete, rápido, rápido. 55 palavras por minuto e cá vai disto, já nem lembro o que li!"
O pior de tudo isto, é que o actual secretário de estado João Costa, está em contradição. Por um lado afirma que nos últimos anos a preocupação tem sido o alcançar de resultados e produtos, esquecendo os processos. Fica bonito, parece um flash interview do Rui Vitória. Mas quando questionado sobre quais as medidas a tomar responde: Bom, vamos antecipar os resultados e manter os processos. Ou seja admite antecipar a prova de aferição do 4o ano (?), mas prefere manter metas e conteúdos claramente desajustados e em demasia. Ou seja... Tudo na mesma. Não tem de se refutar e destruir as metas. Mas pelo menos repensá-las e ajustá-las.
Depois era importante pensar que é ridículo fazer campeonatos do mundo da leitura aos 10 anos.
Mal comparado, é como se estivéssemos a analisar a liga dos campeões dos miúdos de 10 anos... Todos jogam à bola, mas ainda têm muito para crescer e para aprender. Saibamos lhe dar as condições que precisam, para atingirem o seu máximo potencial. Campeonatos do mundo aos 10 anos... Não medem nada, a luta faz-se no dia-a-dia da escola e de casa. Boa noite crânios.

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