Reino: Plantae
Divisão:Angiospérmicas
Classe: Eudicotiledoneas
Ordem: Rosáceas
Família: Moraceae
Género:Ficus
Espécie:Ficus carica
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24.4.14 |
Lenda da Senhora do Repouso
Os cavalos não
chegaram apressados, sabiam que iriam permanecer junto àquelas muralhas por
algum tempo. Traziam os cascos enlameados, mas o sol de Março não era
suficiente para os estoirar de calor. O da frente trazia Dom Afonso III, com o
ar decidido em conquistar Ossónoba aos Almóadas. Era determinante para a sua política e para Portugal. Disse: não tem dúvida, expressão que sobrou
para a língua dos futuros Algarvios. Naquele gesto de experiente cavaleiro,
alçou a perna direita, rodou com o pé esquerdo sobre o estribo e saltou para o
chão enlameado do agora Largo de São Francisco. Ficaremos aqui. Ninguém levantou
voz. Assim que a ordem foi ouvida, os cavalos foram desmontados, os carros
esvaziadas para o chão e deu-se início à montagem do acampamento. A esta altura
os aldeões já se tinham refugiado dentro das muralhas e o silêncio era o de um
meandro de ribeiro. Por vezes, vislumbrava-se a sombra de uma cabeça a ganhar
posição na muralha. Nada mais que isso.
Lázaro era um jovem aspirante a cavaleiro, que pertencia à Ordem de Santiago. Acompanhava D. Martim Fernandes, mestre de Avis. Desde que saíram
de Salir e se juntaram à costa vinha vislumbrado com a serenidade da Ria e a
sua elegância de fazer acalmar o mar. A sua mente viajava entre as flores de
amendoeira e a ramagem despida das figueiras. Seguiu direito à água, sem
companhia. Sentou-se ao lado de uma pequena alfarrobeira, olhando ao longe a
ilha da culatra e desejando lá estar deitado no areal. Sem o temor da Guerra,
que estava bem mais próxima que aquela paz. Caminhou para poente, entre a ria e
a muralha. Viu as naus de D. Afonso III, a encerrarem o porto. Todas as muralhas, todas as torres, estavam cercadas. E agora os braços do Rei, encerraram Ossónaba contra o peito de Portugal.
Agora tudo ali parecia tão seguro, tão equilibrado. Deitou-se num terreno inclinado, cruzou os braços por detrás da nuca e cerrou os olhos. Abriu-os depois, porque uma sombra placou a luz do sol anunciando alguém. Quando os abriu viu uma jovem morena, de olhos negros e grandes, lábios finos, ombros magros. Colocou os cotovelos no chão, para se levantar. Mas a pequena mão da rapariga, foi firme e encostou-o ao chão. Mas o que o parou foi o toque dos pequenos seios sobre o seu peito e a paragem das ancas que vincavam a forma do ventre. As suas cruzes deixaram-se cair e a moura
Agora tudo ali parecia tão seguro, tão equilibrado. Deitou-se num terreno inclinado, cruzou os braços por detrás da nuca e cerrou os olhos. Abriu-os depois, porque uma sombra placou a luz do sol anunciando alguém. Quando os abriu viu uma jovem morena, de olhos negros e grandes, lábios finos, ombros magros. Colocou os cotovelos no chão, para se levantar. Mas a pequena mão da rapariga, foi firme e encostou-o ao chão. Mas o que o parou foi o toque dos pequenos seios sobre o seu peito e a paragem das ancas que vincavam a forma do ventre. As suas cruzes deixaram-se cair e a moura